tô sabendo química bahia

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tá a fim de melhorar sua ideia sobre estudar/aprender química? então... chega mais... tá no lugar certo... seja bem vindo!!!







quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lixo atômico

Enquanto as reações de fissão nuclear acontecem nos reatores, vão se acumulando centenas de isótopos radioativos, o que vai diminuindo aos poucos, a eficiência da usina. Por essse motivo, o combustível nuclear precisa ser, periodicamente, trocado... uma vez que, o então resíduo, ainda que contenha radioisótopos, não é mais capaz de sustentar o funcionamento da usina. É o que chamamos de rejeito nuclear ou lixo atômico.
Alguns desses radioisótopos apresentam meias-vidas curtas... logo, em questão de pouco tempo, já não mais representarão perigo; outros, porém, podem levar até milhares de anos para atingir níveis seguros de radiação, tais como o estrôncio, o plutônio e o césio.
Estamos, então, diante de um dos maiores problemas no que diz respeito à energia nuclear: o que fazer com esses isótopos radioativos até que deixem de ser perigosos? Onde armazená-los? É sabido que somente depois de 20 meias-vidas a radioatividade emitida por resíduos nucleares atinge valores aceitáveis para exposição biológica. Para o caso do estrôncio - 90 , um dos resíduos mais perigosos, isso significa algo em torno de 600 anos!!
Em boa parte das usinas nucleares eles são simplesmente guardados em tanques de resfriamento junto à propria usina.






Angra 1 e 2: lixo atômico
em depósito provisório






segunda-feira, 5 de abril de 2010

A BOMBA ATÔMICA


A explosão de uma bomba desse tipo tem por base a enorme quantidade de energia liberada na fissão nuclear. O desenvolvimento da bomba (como a que marcou o final da 2ª Guerra Mundial) foi possível, graças ao Projeto Manhattan, que sob o comando dos norte-americanos, concentrou milhares de homens e alguns dos mais brilhantes cientistas da época.


(vídeo: Como funciona uma bomba atômica)




Após a explosão um vento fortíssimo começa a soprar, trazendo um calor quarenta vezes mais sufocante que um dia quente de verão, capaz de derreter peças de metal e vidro!...No céu se vê uma bola de fogo mais brilhante que o Sol, que cresce até apresentar mais de um quilômetro de largura e queima por alguns segundos a temperaturas que só se verificam nas estrelas!! A onda de choque gerada pelo aumento da pressão doar, gera ventos que chegam à velocidade de mais de 1500 km/h, formando um vendaval que destrói tudo que fica em seu caminho, inclusive, fortes construções de concreto.


* Na foto ao lado vê-se o que restou de uma pessoa que se encontrava sentada na escada no momento da explosão da bomba atômica sobre Hiroshima: uma sombra!!!!


Segundos depois da detonação forma-se como consequência da enorme diferença de pressão originada pelos ventos iniciais, um deslocamento de ar quente no sentido do centro da explosão, o que funciona como um granda aspirador, sugando os destroços de tudo que foi devastado. Esse deslocamento de ar atinge alguns quilômetros de altitude; por fim, a nuvem carregada de destroços acaba por se resfriar e começa o caminho de volta à superfície: é nesse momento que se forma o "cogumelo atômico".






Saldo após a explosão sobre Hiroshima: 6 quilômetros quadrados de devastação, mais de 78 mil mortes instantâneas e quase 70 mil feridos - números que se tornariam mais que o dobro ao longo dos anos, como consequência da exposição diária à radiação ionizante, principalmente do tipo gama.




Hiroshima antes da explosão ........... e, segundos após a explosão




Nos dias que se seguiram, outros milhares de pessoas sofreram com cansaço extremo, dores de cabeça, náuseas, vômito, febre, manchas na pele, queda de cabelos, gengivas sangrando, queimaduras, etc....





Três dias depois da explosão em Hiroshima, outra bomba atômica de mais de 20 quilotons - essa, com um combustível nuclear à base de plutônio em vez de urânio - matou aproximadamente 70 mil pessoas, em Nagasaki.

O Japão, diante de tantas perdas, se rendeu... e terminava um dos eventos mais vergonhosas da história da humanidade: a Segunda Guerra Mundial....

























domingo, 4 de abril de 2010

A fissão nuclear e a bomba atômica

Em 1934, o casal Curie-Joliot descobriu que era possível transformar elementos não radioativos em outros, radioativos, por meio de reações nucleares feitas em laboratório - uma transmutação - onde utilizaram partículas alfa no bombardeio dos átomos a serem transmutados.

Coube ao italiano Enrico Fermi, sugerir a substituição dessas partículas por nêutrons, já que a ausência de carga elétrica evitaria a repulsão nuclear, facilitando, então o processo.

Os cientistas alemães Otto Hahn e Fritz Strassman executaram a experiência imaginada por Fermi, isto é, obter o elemento de número atômico 93 a partir do bombardeio de U -238 com um nêutron, o que levaria o átomo de U -238 a emitir uma partícula beta. E, para surpresa, inclusive dos realizadores, foi detectada a formação de átomos de bário (Z = 56)! Foi quando a cientista austríaca Lisa Meitner concluiu que o núcleo de urânio havia se fragmentado em pedaços menores - um deles, o bário. O fenômeno foi então batizado de fissão nuclear. Estava, então , dado o primeiro passo, quase por acaso, para a produção da bomba atômica.



A estabilidade do núcleo atômico depende de muitos fatores, sendo, portanto, muito difícil fazer qualquer previsão quanto a essa propriedade;alguns fatos, contudo, puderam ser observados pelos cientistas:


  • núcleos com números pares tanto de prótons quanto de nêutrons costumam ser mais estáveis do que aqueles que apresentam ao menos uma dessas quantidades em valor ímpar. É muito raro um núcleo estável com números ímpares de prótons e de nêutrons.


  • para átomos com número atômico menor ou igual a 20, os isótopos mais estáveis apresentam a razão n/p ( nºde nêutrons/nº de prótons) igual ou próxima de 1.

Acompanhe:



carbono - 12 (estável) : n/p = 6/6 = 1.



carbono - 14 (radioativo) : n/p = 8/6 = 1,33...



Quando ocorre uma fissão nuclear, uma quantidade ENORME de energia é liberada ! Se 1g de trinitrotolueno sofre combustão, 2,80 kJ são liberados... se 1g de U -235 sofre fissão, 84 milhões de kJ serão liberados!!!



Reação em cadeia



A liberação de dois ou três nêutrons na fissão de cada núcleo de U -235 permite que eles caussem a fissão de mais alguns núcleos desse isótopo do urânio que, fissionados, vão liberar mais nêutrons, que, por sua vez fissionarão outros núcleos de U - 235, e assim por diante - trata-se de um efeito dominó, uma reação em cadeia capaz de liberar quantidades de energia e radiação sempre crescentes, atingindo proporções inimagináveis!!!



Para que a reação em cadeia prospere, é necessário, no entanto, uma massa mínima do isótopo que está sofrendo fissão, ou os nêutrons escapam para o meio externo, e a reação em cadeia é interrompida - é o que chamamos de massa crítica. Para o urânio, essa massa é de alguns quilogramas.



Enriquecimento do urânio

Entre os isótopos do urânio, o único que sofre fissão nuclear é o U -235. Ocorre que a abundância desse isótopo na natureza é em torno de 0,7% da massa das amostras de urânio natural; o resto é de U - 238. Para aumentar a proporção do primeiro nessa mistura,utilizam-se técnicas de enriquecimento de urânio. O urânio extraído da natureza é transformado, por meio de reações químicas, no U3O8, um óxido de cor amarela -o yellow cake....Em seguida, esse óxido é transformado no gás UF6 para que o urânio possa ser enriquecido.

A partir daí, há duas opções principais:

  • Itálico enriquecimento do urânio por difusão gasosa
  • enriquecimento do urânio por ultracentrifugação (opção adotada no Brasil, que utiliza uma ultracentrífuga que gira a 70 mil rotações por minuto com o gás UF6 em seu interior).

Depois que o urânio foi enriquecido, as moléculas de UF6 são convertidas a átomos de urânio metálico. Agora, no entanto, haverá uma fração de U - 235 muito maior que os 0,7% da mistura original.

Atingindo-se valores próximos a 90%, tem -se o enriquecimento suficiente para uma bomba atômica; já para as usinas nucleares, o enriquecimento exigido é de valores em torno de 3%.






sexta-feira, 2 de abril de 2010

Radioatividade e medicina



Uma das mais importantes ferramentas utilizadas em diagnósticos ultimamente, tem sido os rastreadores ou traçadores radioativos (radioisótopos que, usados em quantidades ínfimas, podem ser acompanhados por detectores de radiação dentro de um organismo vivo). Administrados ao paciente por via endovenosa ou oral, em pequenas doses para não representar perigo à saúde, eles se concentram na região do corpo que deve ser examinada, que poderá, então, ser investigada pela técnica da cintilografia, onde, em um aparelho chamado de câmara de cintilação, ocorre a emissão de uma pequena luminosidade (ou cintilação) quando a radiação proveniente do paciente é detectada, transformando esse sinal em uma imagem.

A cintilografia é diferente de outros métodos de imagem porque tem or objetivo avaliar a função dos órgãos: é o corpo por dentro, funcionando, em tempo real!
A avaliação funcional é baseada na capacidade que os órgãos e as células do nosso organismo têm de concentrar e metabolizar diferentes substâncias; ao administrarmos compostos contendo átomos radioativos semelhantes a essas substâncias, passamos a ser capazes de visualizar como nossos órgãos e células estão trabalhando: se um tecido doente perdeu a capacidade de concentrar alguma substância, a cintilografia mostrará isso como uma mancha na imagem - a "mancha fria".
Muitos compostos radioativos ou radiofármacos diferentes podem ser utilizados para estudar a função de diferentes estruturas, como por exemplo:


  • flúor - 18 - utilizado em cintilografias cerebrais

  • fósforo - 32 - utilizado em cintilografias do fígado, olhos e tumores

  • tálio - 201 - utilizado em cintilografias do coração

A radioterapia


Além de auxiliar no diagnóstico de doenças, a radioatividade pode auxiliar no tratamento de algumas delas - o câncer, por exemplo. O cobalto - 60 é um dos radioisótopos mais utilizados na radioterapia externa - modalidade em que a radiação é emitida de fora pra dentro do corpo do paciente - uma vez que emite radiação gama, capaz de penetrar no corpo e atingir a região doente. Na radioterapia interna, o radioisótopo é ingerido ou administrado via intravenosa. Nesta modalidade, outros isótopos também são usados: iodo - 125 (meia - vida de 60 dias) ou o irídio - 192 (meia - vida de 74 dias).