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sábado, 27 de março de 2010

Emissões Radioativas.... o outro lado da moeda.

A falta de conhecimento científico leva , muitas vezes , à criação de mitos , tais como , acreditar que um alimento que foi submetido à radiação jamais deva ser consumido por um ser humano... a exposição à radiação tornaria esse alimento também radioativo!
No entanto , a exposição de um alimento a raios gama, por exemplo, livraria o alimento da presença de microrganismos causadores de doenças, uma vez que, essa radiação é extremamente eficaz na quebra de ligações químicas, o que levaria os microrganismos à morte!
A utilização da radioatividade traz benefícios a muitas áreas no mundo em que vivemos... uma de suas mais conhecidas aplicações está na Arqueologia, na determinação da idade de fósseis e objetos. As emissões beta a partir do carbono - 14 é a técnica mais importante utilizada para aquele fim.


Há muitos anos existe na Catedral de São João Batista em Turim, Itália, guardado como relíquia, um manto que teria envolvido o corpo de Jesus Cristo após a sua crucificação - o Sudário de Turim . O teste de carbono -14 , no entanto, determinou que o manto teria pouco mais de 600 anos de idade.... novo demais para ser da época de Cristo!.... fato este que deu início a uma grande polêmica envolvendo a Igreja católica e os cientistas.

Desde 1946, ano em que o americano Willard Libby desenvolveu a técnica de datação baseada no valor da meia-vida do isótopo do carbono - 14, os cientistas passaram a ter em mãos um recurso extremamente útil para a determinação da idade de muitos materiais que apresentam carbono em sua composição!
Essa técnica funciona de maneira razoavelmente simples... já que a vida em nosso planeta é baseada no elemento carbono e, consequentemente, nos seus três isótopos : C - 12 (98,9%) , C - 13 (1,1%) , C - 14 ( bastante raro). Senão, vejamos: as plantas absorvem moléculas de gás carbônico (CO2) contendo esses isótoos, que, vão passar pela cadeia alimentar, dos vegetais para os animais... dessa forma, todos os seres vivos irão apresentar algum carbono-14 em sua composição, em valores muito pequenos - próximos a 10 partes por bilhão (10 ppb). Esta taxa permanece razoavelmente constante pois, a velocidade de decaimento desse radioisótopo é praticamente igual àquela em que o organismo vivo o repõe ppor meio de sua alimentação ( ou fotossíntese). Só quando o ser morre é que o C - 14 se desintegra sem mais ser reposto no organismo... funciona como um "relógio nuclear" que seria acionado no exato instante em que a morte ocorresse! Então, medindo-se o teor de C -14 em um fóssil ou objeto e comparando-o ao valor normal da taxa desse isótopo em um ser vivo, pode-se chegar à sua idade com uma boa margem de exatidão!

O princípio da datação por carbono - 14, no entanto, apresenta restrições para a sua utilização; só poderá ser usado se:


  • a amostra for originária de tecidos vivos, que um dia realizaram trocas gasosas com o ambiente;

  • o objeto tiver mais de cem anos de idade ( que é o momento em que a atividade radioativa do C - 14 começa a ser perceptível ) e menos de 40.000 anos ( já que após a passagem de 7 períodos de meia - vida, o nível residual de radiação não pode mais ser detectado).

Outras técnicas de datação baseadas em fenômenos radioativos já foram capazes de revelar até a idade do nosso planeta: desta feita, utilizando o urânio - 238, que por uma longa sequência de emissões radioativas, se transforma no chumbo - 206, que é estável (não radioativo), processo que requer em torno de 4,5 bilhões de anos para se realizar! Análises das rochas mais antigas de nosso planeta indicaram que a proporção entre os átomos de urânio - 238 e de chumbo - 206 formado a partir do primeiro é de 1 : 1 . Isso significa que, desde o "nascimento" do planeta, metade desse isótopo de urânio presente nas rochas desintegrou-se formando chumbo - 206, o que corresponde a uma meia - vida do U - 238 , ou seja, 4,5 bilhões de anos!!!!!!


(Fonte : Planeta Química Ciscato & Pereira 1ª edição)

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